Egito lidera perdas nas bolsas do Oriente Médio em meio a ataques; Israel se recupera
Mercados do Oriente Médio enfrentam perdas acentuadas devido ao aumento das tensões entre Israel e Irã. O índice egípcio registrou a maior queda em mais de um ano, enquanto investidores buscam segurança em ativos como ouro e dólar.
A maioria dos mercados do Oriente Médio recuou neste domingo, devido ao aumento das preocupações com um possível conflito mais amplo entre Israel e Irã.
O índice da bolsa do Egito teve o pior desempenho, com a maior queda em mais de um ano, recuando 4,6% após uma queda inicial de 7,7%. A moeda egípcia desvalorizou-se, ultrapassando 50 libras por dólar.
Em Israel, o índice de ações fechou em alta de 0,5%, impulsionado pela valorização da Elbit Systems. Na Arábia Saudita, o índice Tadawul teve perdas limitadas devido à alta de 1,8% da Saudi Aramco.
Os mercados da região já tinham desempenho inferior ao global em 2025, afetados por volatilidade nos preços do petróleo, incertezas geopolíticas e pressões fiscais. O conflito recente minou as expectativas de resolução rápida, levando investidores a buscar ativos seguros, como ouro e dólar.
Segundo Hasnain Malik, da Tellimer, a guerra entre Israel e Irã está afetando os mercados, especialmente com a interrupção do fornecimento de gás de Israel ao Egito.
Além disso, a preocupação com o abastecimento e os preços do petróleo permanece. Os contratos futuros do WTI subiram mais de 7% na sexta-feira, fechando perto de US$ 73 o barril.
No cenário mais negativo, com uma interrupção completa da oferta iraniana, o barril poderia ultrapassar US$ 120, segundo o chefe de estratégia de câmbio do Deutsche Bank, George Saravelos.