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Efeitos de tarifaço e reprovação são riscos eleitorais para Lula, diz coordenador da pesquisa Quaest

Cientista político aponta que tarifa de Trump pode impactar negativamente a reeleição de Lula, apesar de leve melhora nas taxas de aprovação. A pesquisa revela crescimento na desaprovação do governo, colocando em alerta aliados do presidente.

Cientista político e diretor da Quaest, Felipe Nunes, analisa os impactos da tarifa do presidente dos EUA, Donald Trump, no plano de reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nunes alerta que o atual patamar de desaprovação de 53% do governo Lula, apesar de uma leve melhora, é um sinal de alerta para aliados do presidente, especialmente considerando o histórico de derrotas eleitorais de outros mandatários.

A pesquisa Genial/Quaest divulgada em 17 de outubro, com entrevistas entre 10 e 14 do mesmo mês, mostra Lula liderando em vários cenários. A aprovação subiu de 40% para 43%, mas a rejeição continua predominante.

Nunes destaca que o "tarifaço" pode, no futuro, afetar negativamente a popularidade de Lula, uma vez que pode causar cortes de empregos e impactos na inflação e no câmbio.

Ele ressalta que a análise eleitoral a partir dessa pesquisa é prematura. O governo precisará de uma melhoria consistente para inspirar otimismo. A eleição de 2026 promete ser decidida por cerca de 10% dos eleitores centristas, e uma ligeira aproximação de Lula a esse grupo foi observada.

Nunes compara a situação atual de Lula com outros ex-presidentes, como Fernando Henrique Cardoso e Jair Bolsonaro, que enfrentaram consequências políticas após períodos de desaprovação semelhantes, indicando que há um longo caminho para a recuperação da popularidade do atual presidente.

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