Efeito do 'tarifaço': ações asiáticas despencam após colapso de Wall Street
A crise em Wall Street repercute negativamente nos mercados asiáticos, com quedas acentuadas e uma crescente desvalorização do yuan. Investidores temem uma guerra comercial que possa aprofundar a recessão global, refletem os resultados decepcionantes.
Ações asiáticas despencam na abertura do mercado nesta segunda-feira (7), seguindo o colapso de Wall Street na sexta-feira (4), causado pela reação chinesa ao aumento de tarifas imposto pelo presidente Donald Trump.
O índice CSI300 da China caiu mais de 5%, refletindo vendas em quase todos os setores. O yuan atingiu seu menor valor desde janeiro, enquanto os títulos públicos se valorizaram.
Em Tóquio, o índice Nikkei 225 perdeu quase 8% logo na abertura. O Hang Seng de Hong Kong caiu mais de 10%, o que pode ser a sua maior queda diária desde a crise de 2008. As ações do setor bancário também desabaram, com o HSBC e o Standard Chartered recuando 15%.
Na Coreia do Sul, o Kospi perdeu 5,5%, e o S&P/ASX 200 da Austrália despencou 6,3%.
Os futuros nos EUA também sinalizam fraqueza, com o S&P 500 caindo 4,2% e o Dow Jones perdendo 3,5%.
Os preços do petróleo também caíram: o barril de petróleo bruto dos EUA desvalorizou 4%, enquanto o Brent caiu 3,43%.
No mercado de moedas, o dólar americano caiu para 145,98 ienes, e o euro subiu para 1,0967 dólares.
Na sexta-feira, o S&P 500 despencou 6%, o Dow caiu 5,5% e o Nasdaq recuou 5,8%, impactado pela análise da China sobre tarifas. A DuPont viu sua ação cair 12,7% após uma investigação antitruste chinesa.
Trump, de Mar-a-Lago, disse estar “despreocupado”, alegando que as tarifas estão “trazendo bilhões de dólares para os EUA” e são necessárias para curar os déficits financeiros.