Efeito de tarifas de Trump em ativos deve seguir limitado, diz head de research da XP
Investidores mantêm otimismo em relação ao Brasil, mesmo após anúncio de tarifas por Trump. Espera-se que a demanda por ativos brasileiros continue, apesar das incertezas comerciais.
Anúncio de Trump sobre tarifas de 50% em produtos brasileiros impactou negativamente o mercado, mas com perdas moderadas.
A expectativa é de que os efeitos sejam limitados, sem mudanças significativas para o Ibovespa e o real. Fernando Ferreira, da XP, afirmou que o Brasil não depende excessivamente dos EUA e que o anúncio não deve mudar a visão dos investidores.
Embora as ações tenham enfrentado sete quedas consecutivas, a desvalorização acumulada foi de apenas 2,9%. O Ibovespa ainda apresenta uma alta de 12,8% no mês.
Os efeitos das tarifas de Trump levaram a uma busca global por diversificação, beneficiando mercados emergentes, incluindo o Brasil. Ferreira acredita que o fluxo de capital estrangeiro continuará, apesar das tarifas.
Contudo, o destaque nos resultados das Sete Magníficas dos EUA pode atrair recursos e impactar a bolsa brasileira. O S&P 500 subiu 6,5% no ano, enquanto o real valoriza-se em relação ao dólar.
O dólar teve uma alta de 2,35% em julho. Na XP, analistas discutem os próximos movimentos do dólar, com incertezas sobre o fortalecimento da moeda. A situação política e econômica do Brasil irá influenciar as expectativas dos investidores.
O governo brasileiro opta por resolver a questão das tarifas diplomaticamente, mas pode acionar a Lei de Reciprocidade Econômica se necessário. Se não houver acordo, a balança comercial poderá ser impactada negativamente.
Além dos aspectos econômicos, a disputa de tarifas pode favorecer a popularidade do presidente Lula nas eleições de 2026. Pesquisas mostram um aumento de sua aprovação, com a desaprovação caindo para 53%.