Eduardo Leite deixa aliados de sobreaviso sobre saída do PSDB e indica que pode se filiar ao PSD
Governador gaúcho fortalece articulações para filiação ao PSD enquanto aguarda desfechos do PSDB. Mudança pode impactar dinâmica política e composições eleitorais no estado.
Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, está prestes a deixar o PSDB e se filiar ao PSD, liderado por Gilberto Kassab.
A decisão, que estava sendo analisada desde o ano passado, pode ser formalizada no início de maio, deixando aliados em alerta.
Leite convocou uma reunião com parlamentares do PSDB para discutir sua mudança, mas o encontro foi cancelado. Apesar disso, a impressão é de que a saída do partido é inevitável.
A presidente do PSDB no estado, Paula Mascarenhas, confirmou a preocupação de Leite com a indefinição interna da sigla, e afirmou que ele pode agir se não houver uma decisão até o fim de abril.
Nas redes sociais, Leite reiterou que sua continuidade no PSDB está vinculada ao resultado das negociações internas.
Desde novembro, o governador vem dialogando com Kassab sobre sua possível filiação ao PSD. As tratativas se intensificaram após a filiação de Raquel Lyra, ex-PSDB, ao PSD.
O vice-prefeito de Erechim acredita que Leite será seguido por outros líderes tucanos na migração para o novo partido.
No entanto, há preocupações sobre a viabilidade de Leite como candidato à presidência, já que Kassab prefere apoiar outros nomes, como Tarcísio de Freitas ou Ratinho Júnior.
Com a filiação ao PSD, Leite poderá focar em uma candidatura ao Senado em 2026, especialmente após as intervenções nas regiões afetadas por enchentes no estado.
Caso se confirme a saída de Leite, o PSDB poderá ficar com apenas um governador, Eduardo Riedel, que também está sendo courted por outras siglas.
As partes envolvidas não confirmaram a troca até o momento.