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Eduardo Bolsonaro X Alexandre de Moraes: entenda embate após ameaça de sanção

Eduardo Bolsonaro é investigado por atuação nos EUA visando pressionar o Judiciário brasileiro. O inquérito, acolhido pelo STF, levanta preocupações sobre obstrução de justiça e a integridade do Estado Democrático.

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se tornou alvo de uma investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR) que apura sua atuação nos Estados Unidos em prol de pressões a autoridades brasileiras.

O pedido de inquérito foi aceito pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A PGR alega que Eduardo tem defendido sanções do governo Donald Trump contra Moraes, no contexto de uma ação penal sobre uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

O procurador-geral Paulo Gonet mencionou a intenção de intimidar o Judiciário, e Moraes identificou indícios de crimes como coação e obstrução de justiça.

Serão colhidos depoimentos de Jair Bolsonaro, que admitiu custear a estadia do filho nos EUA, e de diplomatas que conhecem o caso. O governo americano pode invocar a Lei Magnitsky para punir Eduardo, potencialmente bloqueando bens e cancelando vistos.

Ministros do STF sugerem ligação dessa pressão com Elon Musk, que confrontou Moraes em 2024. Eduardo Bolsonaro, nos EUA, afirmou que não voltará enquanto Moraes não for sancionado, considerando o inquérito parte de uma narrativa de perseguição.

O senador Flávio Bolsonaro também comentou que Gonet pode ser sancionado. O governo federal não se manifestou oficialmente para evitar agravar a situação. A avaliação do Itamaraty é que uma resposta forte poderia transformar Eduardo em um símbolo de resistência.

A crise trouxe reações no Congresso, com o líder do PT, Lindbergh Farias, pedindo a cassação do mandato de Eduardo por agir contra a soberania nacional. “É hora de defender nosso país de uma agressão”, afirmou.

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