Eduardo Bolsonaro pressiona governo Trump por bloqueio total das contas de Moraes
Eduardo Bolsonaro pressiona EUA por sanções mais severas contra Alexandre de Moraes, alegando que bancos brasileiros não estão cumprindo a Lei Magnitsky. O ministro do STF é alvo de críticas internas e internacionais, com repercussões no Judiciário brasileiro.
Ofensiva internacional liderada por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contra o ministro Alexandre de Moraes do STF ganha novo capítulo.
O deputado se reuniu, em 1º de setembro, com representantes do Departamento de Estado dos EUA para pressionar por um bloqueio completo das contas bancárias de Moraes.
Isso ocorre após a sanção imposta ao magistrado pela Lei Magnitsky, anunciada pelo governo Trump esta semana.
Eduardo traduziu reportagens afirmando que apenas transações em dólar estariam suspensas, argumentando que os bancos brasileiros não estão cumprindo a sanção.
Representantes dos EUA reforçaram que a restrição se aplica a todas as operações financeiras, independentemente da moeda.
Os EUA podem comunicar diretamente os bancos no Brasil, exigindo o congelamento das contas de Moraes, sob pena de sanções às instituições que mantiverem vínculos com ele.
Os bancos teriam que escolher entre manter Moraes como correntista ou preservar relações com o sistema financeiro americano, ampliando os efeitos da sanção.
Durante a abertura dos trabalhos do Judiciário, Gilmar Mendes criticou a atuação de Eduardo Bolsonaro como “um verdadeiro ato de lesa-pátria.”
Mendes afirmou que os ataques à soberania nacional foram “estimulados por radicais inconformados” e que “um deputado fugiu do país para difundir aleivosias contra o STF.”
O discurso foi interpretado como um recado a Eduardo, que se posiciona nos EUA em favor da anistia a golpistas e contra o julgamento de seu pai pela tentativa de golpe de Estado.