Eduardo Bolsonaro: inquérito no STF tem objetivo de tirá-lo das eleições de 2026
Eduardo Bolsonaro se defende de investigações e acusa adversários de tentarem barrar sua candidatura nas eleições de 2026. A crise surge em meio a apurações sobre sua atuação nos Estados Unidos e pressão sobre o Judiciário brasileiro.
Eduardo Bolsonaro, deputado federal licenciado, declarou que a investigação da Polícia Federal visa impedi-lo de se candidatar em 2026. Ele mencionou que "tudo é jogo de cartas marcadas" para sua exclusão das eleições.
A declaração foi uma resposta ao depoimento do deputado Lindbergh Farias (PT), realizado na mesma data, em inquérito que apura a atuação de Eduardo nos Estados Unidos para pressionar autoridades brasileiras, onde seu pai, Jair Bolsonaro, é investigado.
Eduardo é cogitado como candidato ao Senado por São Paulo e possível sucessor de Jair em uma candidatura à Presidência. Ele está inelegível até 2030 devido a decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A investigação, iniciada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), investiga se Eduardo tenta influenciar o judiciário brasileiro a partir do exterior.
O inquérito destaca que sua atuação visa impor sanções a ministros do STF. Recentemente, o Bureau of Western Hemisphere Affairs do governo Trump postou uma mensagem em português no X sobre inimigos da liberdade de expressão.
Lindbergh Farias solicitou à PGR o bloqueio de bens e a quebra de sigilo bancário de Jair Bolsonaro, alegando que o ex-presidente financia a estadia de Eduardo nos EUA com doações.
Eduardo defendeu sua atuação como legal em seu perfil no X, questionando se visitar deputados americanos ou fazer perguntas oficiais é crime. Ele também pediu igualdade de tratamento para parlamentares do PT que se reuniram com figuras como Bernie Sanders.
O inquérito autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes permite o monitoramento das redes sociais de Eduardo. O depoimento de Jair Bolsonaro está agendado para o dia 5.