Eduardo Bolsonaro esteve mais nos EUA do que no Brasil neste ano; veja o que mostram dados da Câmara
Eduardo Bolsonaro passa mais tempo fora do Brasil do que exercendo mandato, acumulando licenças no início do ano legislativo. Parlamentar defende que sua presença no exterior é mais produtiva do que o trabalho presencial em Brasília.
Deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) passou mais dias fora do Brasil do que atuando no País em 2025. O parlamentar esteve
36 dias no exterior, formalizando licenças por 122 dias e justificando sua ausência como “tratamento de saúde”.
As licenças foram autorizadas pela Câmara dos Deputados, e Eduardo não teve seu salário afetado nos primeiros meses. Em janeiro, ele recebeu R$ 44.008; em fevereiro, o valor subiu para R$ 46.366. O salário líquido, no entanto, sofreu cortes por questão de falta e imposto de renda.
A licença atual de 122 dias não será remunerada, pois o suplente Missionário José Olímpio (PL-SP) foi convocado. Eduardo argumentou para seu afastamento a realização de agendas nos Estados Unidos, incluindo encontros com políticos aliados de Donald Trump e participações em eventos como a Conservative Political Action Conference (CPAC).
Durante sua estada nos EUA, Eduardo criticou o ministro do STF, Alexandre de Moraes, articulando ataques ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e à Polícia Federal, a qual chamou de “Gestapo”.
Eduardo já havia viajado para os EUA em janeiro, onde participou da posse de Trump e discutiu a situação política no Brasil, fazendo comparações com regimes autoritários. O deputado também se reuniu com políticos ultraconservadores que têm atacado Moraes.
Adicionalmente, Eduardo planejou um retorno ao Brasil entre as licenças, mas logo pediu prorrogações e se manifestou nas redes sociais sobre sua luta contra a “perseguição política” no Brasil.