Eduardo aumenta condutas ilícitas após tornozeleira em Bolsonaro, diz Moraes
Ministro do STF aponta Eduardo Bolsonaro como intensificador de práticas ilícitas após medidas contra Jair Bolsonaro. Medidas cautelares impõem restrições severas ao ex-presidente, que enfrenta investigações por obstrução de Justiça.
Ministro Alexandre de Moraes, do STF, afirmou que o deputado Eduardo Bolsonaro intensificou práticas ilícitas após medidas contra seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo uma tornozeleira eletrônica.
No despacho, Moraes solicitou que a Polícia Federal junte postagens e entrevistas de Eduardo após as cautelares propostas.
Essa foi a primeira manifestação do ministro após o governo dos EUA ter cancelado vistos de Moraes, seus aliados e familiares.
Presidente Lula manifestou solidariedade aos ministros do STF contra a revogação dos vistos.
Medidas contra Jair Bolsonaro:
- Tornozeleira eletrônica desde a sexta-feira, 18.
- Proibição de sair de casa entre 19h e 6h e aos fins de semana.
- Impedimento de contato com Eduardo e embaixadores, além de se aproximar de embaixadas.
- Busca e apreensão em sua casa e escritório, com apreensão de US$ 14 mil e R$ 8 mil em dinheiro.
As medidas visam investigar possíveis crimes de coação, obstrução de Justiça e abolição violenta do Estado Democrático de Direito cometidos por Jair e Eduardo.
Moraes destacou risco de fuga de Bolsonaro e a necessidade de interromper condutas ilícitas. O ex-presidente admitiu enviar R$ 2 milhões para Eduardo, que está nos EUA desde março.
Eduardo busca convencer o governo dos EUA a impor sanções como pressão para arquivar ações penais no Brasil.
Esse cenário está relacionado à recente taxação de 50% sobre produtos brasileiros por Donald Trump, que justificou a decisão como "caça às bruxas" contra Bolsonaro.
Após a instalação da tornozeleira, Jair Bolsonaro criticou a medida como "suprema humilhação" e negou planos de fuga.
A defesa de Bolsonaro expressou surpresa e indignação por essas medidas cautelares, ressaltando o cumprimento de determinações judiciais até o momento.