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EDP espera aval do TCU para novo contrato, mas se prepara para contingências

João Marques da Cruz deixa a EDP após impulsionar investimentos robustos, mas enfrenta incertezas na renovação das concessões de distribuição. A transição de comando será marcada por desafios relacionados à regulação e à taxa de juros no Brasil.

João Marques da Cruz deixa a presidência da EDP na América do Sul após quatro anos de liderança.

Durante seu mandato, a empresa acelerou investimentos em R$ 18 bilhões, ajustando seu portfólio para 100% renovável e focando em redes de distribuição.

No entanto, Cruz não conseguiu finalizar a renovação das concessões de distribuição. Ele expressa preocupação com a possibilidade de atraso na assinatura do novo contrato da EDP Espírito Santo, que deve ocorrer até 17 de julho. A Aneel já aprovou a renovação, que aguarda análise do Tribunal de Contas da União (TCU).

Preparação para contingências: Cruz afirma que a EDP está pronta para lidar com a situação, mesmo com a preocupação de que este cenário “tem consequências nos custos de financiamento”.

O executivo considera a regulação brasileira um ponto positivo para atrair investimentos, mas aponta a questão fiscal e altas taxas de juros como grandes desafios para o setor. “É difícil encontrar rentabilidade com essa taxa”, disse.

A EDP planeja continuar investindo em redes de distribuição e transmissão e avalia participar de leilão em outubro. Cruz espera uma retomada nas investigações em renováveis em quatro anos, ressaltando que “o País tem todas as condições físicas para isso”.

Próximo líder: João Brito Martins assumirá a presidência da EDP América do Sul em 1º de junho.

Cruz também apoia a medida provisória do governo para a reforma do setor elétrico, visando a liberalização do mercado de energia e mudanças na tarifa social e subsídios.

Esta notícia foi publicada no Broadcast+ em 28/05/2025, às 14:23.

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