EDITORIAL. A canetada que destruiu bilhões
Governo federal enfrenta críticas por falta de diálogo com o setor privado após controvérsias em torno do aumento do IOF e do contingenciamento de verbas. Economia brasileira sofre com incertezas, enquanto investidores temem consequências de decisões precipitadas.
O Brasil vive uma crise de confiança em sua política econômica, agravada pelo recente aumento do IOF e o contingenciamento de verbas. A falta de diálogo com o setor produtivo tem gerado descontentamento.
O Governo Lula 3 tem priorizado a interlocução apenas com movimentos sociais, negligenciando empresários e investidores, que são essenciais para a geração de empregos e renda.
A economia brasileira enfrenta dificuldades, com receitas previstas de R$ 2,930 trilhões caindo para R$ 2,900 trilhões. Há uma frustração de R$ 30 bilhões, e cortes de gastos ou aumento de impostos são necessários.
Originalmente, o mercado esperava um contingenciamento de R$ 10 bilhões, e a notícia de que seria de R$ 30 bilhões inicialmente levou a uma leve melhora nas ações e na moeda. No entanto, a decisão de arrecadar os R$ 20 bilhões restantes via aumento de impostos resultou em uma queda no valor do dólar e deterioração na confiança geral.
O Governo enfrenta críticas por sua incapacidade de prever efeitos colaterais de suas decisões e por não ter proposto reformas significativas durante seus dois anos e meio de mandato. Vendas de ativos, como ações da Eletrobras e Petrobras, deveriam ser consideradas para evitar novos impostos.
O discurso do Governo aparenta soberba e incompetência, ignorando exemplos de sucesso em outros países, como a Argentina, onde medidas liberais estão sendo adotadas.
A situação mostra que a credibilidade do Governo e o tratamento ao capital são essenciais para estabelecer um ciclo virtuoso na economia.