Economistas veem IPCA pressionado até 3º tri, mesmo com fatores de alívio
Economistas preveem que a inflação, medida pelo IPCA, atingirá seu pico no terceiro trimestre de 2023. Fatores como a alta dos preços de bens e serviços pressionam a autoridade monetária a manter uma postura rigorosa na política de juros.
Perspectivas para a inflação: Economistas preveem que a pressão de alta no IPCA se manterá por alguns meses, com pico no 3º trimestre, seguido de desaceleração.
No mês de março, o IPCA subiu 0,56%, ficando acima das expectativas de mercado. A inflação em 12 meses acelerou de 5,06% para 5,48%, distante do limite da meta de 3%.
Os serviços, em especial, apresentaram variação em 12 meses de 6,43%, com pressão nos preços industriais. Gustavo Sung, da Suno Research, afirma que medidas do governo poderão dificultar a atuação do Banco Central.
- Expansão do crédito consignado
- Liberação do FGTS
- Reajuste do salário-mínimo
- Possível antecipação do 13º do INSS
As projeções indicam que a inflação deve se estabilizar apenas a partir do 2º trimestre, com estimativa de 5,6% para o IPCA em 2025.
Lucas Barbosa, da AZ Quest, vê altas nos serviços como incompatíveis com as metas de inflação, devido à baixa ociosidade e alta demanda.
O Bradesco mantém a expectativa de pico da inflação no 3º trimestre, enquanto Luís Otávio Leal, da G5 Partners, aponta que o IPCA mensal desacelerou em março, mas continua acelerado em medidas anuais.
Heliezer Jacob, do C6 Bank, destaca que a queda nos preços das commodities pode aliviar a inflação, mantendo projeção de 5,9% para o ano.
A política monetária do Banco Central deve seguir com altas na Selic, que pode chegar a 15% até junho, segundo as análises.
Em suma, a situação para a inflação se apresenta desafiadora, com incertezas na economia global e pressões internas influenciando as projeções.