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Economistas dizem que Trump distorce seus estudos acadêmicos

Estudos usados pelo governo Trump para justificar tarifas são contestados por seus autores, que questionam a interpretação e aplicação dos dados. Acadêmicos alertam para os riscos de uma política comercial sem diretrizes claras, temendo uma recessão global.

Economistas e professores universitários questionam o uso de seus estudos pelo governo Trump para justificar tarifas sobre importações.

Anson Soderbery, professor da Universidade de Purdue, expressou surpresa ao descobrir que seu estudo sobre elasticidade foi citado nas bases tarifárias. Ele destacou: “Foi surreal... não estive envolvido com nada“.

A Casa Branca utiliza estudos para justificar tarifas sobre importações de 185 países, incluindo o Brasil. Contudo, os autores contestam as interpretações.

  • Robert E. Scott, da Universidade de Direito de Columbia, mencionou que tarifas amplas não são inteligentes.
  • Pau Pujolas, da Universidade McMaster, chamou as tarifas de Trump de “besteira” que pode levar à recessão.
  • Alberto Cavallo, pesquisador argentino, criticou a interpretação de seu trabalho, afirmando que o uso incorreto poderia resultar em tarifas quatro vezes menores.

A entrevista de Janet Yellen, secretária do Tesouro, também foi usada para justificar taxas, mas ela a considerou uma “pior ferida auto infligida” para os EUA.

Soderbery alertou sobre a falta de clareza nos objetivos monetários de Trump, dificultando a avaliação das políticas comerciais.

A China, principal alvo das tarifas, respondeu elevando as taxas sobre produtos americanos a 125%. O presidente Xi Jinping declarou que a China “não tem medo” das tarifas.

Especialistas temem que o aumento da tensão comercial desencadeie uma nova crise global, enquanto países ainda lutam para recuperar-se dos efeitos da pandemia.

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