Economistas criticam ausência de propostas para corte de gastos
Economistas apontam que as medidas propostas não abordam adequadamente o aumento dos gastos públicos. O foco na arrecadação, sem um plano claro, pode gerar descontentamento no mercado financeiro.
Economistas criticam propostas da reunião de domingo entre a equipe econômica e o Legislativo, que não abordam os gastos crescentes do país.
O economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, afirma que houve um ajuste apenas na arrecadação, que diminui parte da distorção do IOF, mas não compensa totalmente.
Vale critica a ideia de um corte linear de 10% no gasto tributário, sugerindo que o governo não tem um plano claro para os gastos.
Com a falta de mudanças significativas na estrutura de gastos, ele aponta para a necessidade de uma nova rodada de bloqueio e contingenciamento no segundo semestre para atingir o déficit mínimo.
O economista-chefe do Banco BMG, Flavio Serrano, destaca que, apesar da pressão em torno do risco fiscal, o governo recuou, propondo aumentos de impostos para compensar perdas de arrecadação.
“Continuamos com o mesmo problema fiscal. Há gastos crescentes e nenhum ajuste na dinâmica, novamente com aumento de impostos como solução”, conclui Serrano.