Economia recua 0,4% em abril ante março, mostra Monitor do PIB da FGV
Retração da atividade econômica em abril indica desafios para a sustentabilidade do crescimento. Apesar de um crescimento de 1,6% em relação ao ano anterior, desafios emergem em setores como agropecuária e indústria.
Monitor do PIB da FGV aponta uma retração de 0,4% na atividade econômica em abril, em comparação com março, com ajuste sazonal.
Na comparação interanual, a economia cresceu 1,6% em abril e 2,7% no trimestre encerrado em abril. A taxa acumulada em 12 meses foi de 3,1%.
A coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, destacou que a queda de 0,4% é reflexo de declínios na agropecuária, indústria, consumo, formação bruta de capital fixo (investimentos) e exportação.
Essa é a primeira retração após cinco meses de crescimento. Em março, houve um crescimento expressivo de 1,3% na economia, elevando a base de comparação.
Apesar do crescimento de 1,9% no consumo das famílias no trimestre encerrado em abril, a trajetória é de desaceleração, influenciada pela redução do consumo de bens.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) teve alta de 6,9%, mas também experimenta desaceleração, especialmente no segmento de máquinas e equipamentos.
As exportações cresceram 1,2% no mesmo período, destacando produtos agropecuários e bens de capital. Em contrapartida, as importações aumentaram 12,9% com foco em bens de capital e serviços.
O PIB em valores correntes, até abril de 2025, é estimado em R$ 4,057 trilhões. A taxa de investimento em abril foi de 18,3%, com desaceleração em relação aos meses anteriores.