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Economia mundial deve crescer menos com guerra tarifária, diz diretora do FMI

FMI revisará previsões de crescimento global para baixo devido a tensões comerciais, mas descarta recessão. Kristalina Georgieva alerta que incertezas no comércio podem elevar custos e prejudicar mercados financeiros.

Aumento das tensões comerciais e mudanças radicais no sistema de comércio global devem levar a revisões para baixo nas previsões econômicas do FMI, segundo a diretora-gerente Kristalina Georgieva.

Ela afirmou que as economias estão sendo testadas por uma reinicialização do comércio, impulsionada por tarifas dos EUA e retaliações da China e da União Europeia, resultando em incertezas e volatilidade extrema nos mercados.

Georgieva afirmou que, apesar das reduções nas projeções de crescimento, não se espera uma recessão global. A nova perspectiva deve incluir inflação mais alta para alguns países.

Ela destacou que a incerteza eleva o risco de estresse nos mercados financeiros e mencionou os movimentos na curva de rendimentos dos Treasuries como um sinal de alerta.

O presidente dos EUA, Donald Trump, implementou tarifas de 10% sobre produtos de todos os países, com tarifas mais altas para alguns parceiros pausadas por 90 dias para negociações, levando a respostas de retaliação pela China e UE.

O FMI já previu um crescimento global de 3,3% em 2025 e 2026 e divulgará uma atualização em 22 de outubro.

Ela pediu uma resposta sábia às mudanças tarifárias, que afetam o crescimento imediato e alertou que o protecionismo pode corroer a produtividade no longo prazo, especialmente em economias menores.

Georgieva recomendou a continuação de reformas econômicas e financeiras, uma política monetária ágil, e enfatizou a importância da cooperação global para fortalecer a economia diante de choques frequentes e severos.

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