Economia global é resiliente a choques, mas há risco protecionista, diz Tatiana Rosito
Tatiana Rosito alerta sobre os riscos das políticas protecionistas para a economia global e enfatiza a importância do Brics como força estabilizadora. A secretária representa o Brasil em reuniões críticas do FMI e do Banco Mundial em um cenário de incertezas econômicas.
Em Washington, a secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, destacou que posições protecionistas podem colocar em risco a economia global, durante reunião do Brics nesta terça-feira (22). O encontro ocorreu no contexto das reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.
A secretária afirmou: “Nos anos recentes, a economia global tem mostrado resiliência ante a diversos choques. Entretanto, a recuperação vem se mostrando desigual.” Ela alertou que o surgimento de posturas protecionistas pode complicar essa recuperação.
Rosito ressaltou que a incerteza atual já está levando organismos financeiros internacionais a rever projeções de crescimento para baixo, o que pode prejudicar investimentos e desenvolvimento sustentável.
Apesar do cenário difícil, ela acredita que o Brics pode atuar como uma “força estabilizadora” para o multilateralismo. A cúpula dos líderes do Brics está marcada para julho no Rio de Janeiro, em um contexto de tensões globais, influenciadas pela política tarifária dos EUA.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também criticou a guerra tarifária, afirmando que tarifas não beneficiam nenhum país.
Tatiana Rosito participou de um evento da European Climate Foundation, onde foram discutidos aspectos do Roadmap Baku-Belém para a COP 30, que ocorrerá em novembro no Brasil, focando em financiamento de projetos de transição climática.
Ela está em Washington representando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e reforçando o compromisso do Brasil nas agendas do clima e da governança global.