‘É um País sendo sacrificado por um soldado’, diz Haddad sobre apoio de Trump a Bolsonaro
Haddad critica a família Bolsonaro e defende centralização nas negociações com os EUA após ameaças de tarifas. O ministro destaca a importância da unidade nacional em meio à crise e ironiza posicionamentos de figuras da extrema direita.
Críticas de Haddad à família Bolsonaro e ameaças fiscais dos EUA
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou a atuação da família Bolsonaro após a ameaça do presidente dos EUA, Donald Trump, de sobretaxar em 50% as exportações brasileiras, mencionando o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe.
“Nós vamos sacrificar o Brasil por causa do Bolsonaro?”, questionou Haddad em entrevista ao Estadão/Broadcast. A entrevista completa será publicada em 17/08.
O ministro chamou a defesa de Bolsonaro feita pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, de “abjeto” e defendeu que a negociação com os EUA deve ser centralizada no governo federal.
Haddad também ironizou o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) em relação à investigação americana sobre o Pix, sugerindo que isso vai “realizar o sonho do Nikolas de taxar o Pix”.
Ele alertou sobre a “inversão de valores” que a família Bolsonaro representa e sua falta de consideração com o país, enfatizando que a situação atual pode afetar muitos empregos.
Sobre as negociações:
- Haddad afirmou que abrir várias mesas de negociação é inútil.
- Defendeu uma centralidade nas discussões para proteger os interesses econômicos do Brasil.
- Criticou a postura de Tarcísio como "indigna" e destacou a importância de unir forças, não dividi-las.
Haddad concluiu ressaltando a estranheza de um presidente querer taxar o Pix de outro país, indicando que isso aumentará os custos de transação financeira no Brasil.