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E se, em vez de um teto de gastos, a gente tivesse um teto de impostos?

A discussão sobre a implementação de um teto de impostos ganha força, impulsionada pela crescente insatisfação com a carga tributária. Modelos bem-sucedidos em estados americanos mostram que limitar a arrecadação pode ser uma alternativa viável para controlar os gastos públicos.

Proposta de Teto de Impostos

Questão levantada: E se, em vez de um teto de gastos, tivéssemos um teto de impostos?

A taxação está engajando a população, com crises envolvendo blusinhas importadas, Pix e IOF.

Em dois Estados americanos, existe um teto que limita a arrecadação: se o governo arrecada além do permitido, deve devolver. Para gastar mais, requer maioria qualificada no Parlamento ou plebiscito.

  • Óregon: sistema conhecido como kicker
  • Colorado: sistema conhecido como Tabor ("Declaração de Direitos do Contribuinte")

Esses limites se ajustam à inflação e crescimento populacional e são populares.

Essas iniciativas visam conter o tamanho do governo e, para evitar endividamento, deveriam incluir gatilhos de redução de gastos. O teto de gastos de 2016 não conseguiu engajar a população.

É possível evidenciar que, sem corte de gastos, haverá aumento de impostos? Estamos em 2025 e não surgem novas ideias para ajustes fiscais.

Um teto de arrecadação poderia reformar a progressividade do gasto, como mostra a reforma do Imposto de Renda: os mais ricos pagarão mais e os menos ricos, menos, sem alterar a arrecadação total.

A reforma de consumo e IR de Haddad resultará em redução da carga para mais famílias, apesar das preocupações futuras com a carga tributária.

Um exercício da OCDE sugere que, para cada aumento percentual da população idosa, a carga tributária cresce mais que um ponto porcentual do PIB. Até 2040 ou 2050, poderemos ter uma das maiores cargas do mundo.

Atualmente, a carga brasileira poderia ser o dobro do que deveria, considerando o envelhecimento populacional e consequentemente o gasto com previdência e saúde.

Sem correções dos gastos, a carga tributária tende a subir significativamente, evidenciando a tentação de mexer em tributos nem sempre eficientes. Quais serão os impostos, como o IOF, no futuro?

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