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'É necessário privilegiar o pragmatismo na negociação com os EUA', diz embaixador Graça Lima

Em meio a turbulências comerciais, embaixador José Alfredo Graça Lima alerta para um retrocesso nas relações comerciais globais. Ele recomenda uma liberalização econômica como caminho para enfrentar a situação desafiadora atual.

Embaixador José Alfredo Graça Lima descreve a atual situação comercial global como um “pesadelo”, retornando ao cenário dos anos 80, marcado por acordos bilaterais de restrição comercial.

Graça Lima, com 50 anos de carreira diplomática, recomenda que negociadores brasileiros liberalizem tarifas internas em troca de acesso ao mercado americano.

Sobre a possibilidade de uma missão ao EUA para negociar a tarifa de 50% proposta por Trump, ele afirma que deve haver uma contrapartida de redução de tarifas brasileiras para produtos americanos.

O embaixador menciona que o Vietnã ofereceu tarifa zero nas importações americanas, sugerindo que o Brasil poderia seguir esse exemplo, mas alerta para consequências de altas tarifas em determinados setores.

Comenta também sobre a Lei da Reciprocidade, apontando que retaliar pode levar a mais perdas e recomenda uma abordagem pragmática nas negociações.

Ele destaca que medidas de restrição de comércio podem não ser benéficas, e que liberalizar poderia impulsionar a produtividade do trabalho e o desenvolvimento econômico.

Graça Lima conclui que é essencial cooperar e incentivar o comércio sob regras acordadas para evitar aumento de custos e impedir a criação de riqueza.

Diante do cenário atual, ele classifica a situação como um pesadelo para todos os envolvidos no comércio, sem um caminho claro à vista.

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