É hoje: Argentina enfrenta teste do fim do controle cambial
Argentina se prepara para mudanças significativas em sua política cambial como parte de acordo com o FMI. O governo espera que a medida leve a uma desvalorização inicial do peso, mas busque estabilização em um contexto fiscal mais sólido.
Argentina enfrenta teste do fim do controle cambial: uma exigência do acordo com o FMI para liberar US$ 20 bilhões.
Novas regras: O país encerrará a política de "cepo cambiario", limitando a compra de divisas a US$ 200 por pessoa física. O novo regime de bandas cambiais permitirá que a moeda americana flutue entre 1.000 e 1.400 pesos.
Anúncio estratégico: Feito 72 horas antes, após o fechamento dos mercados. O ministro da Economia, Luis Caputo, assegurou que não se importam com o que ocorrerá no primeiro dia: "Estamos convencidos da sustentabilidade do plano".
Expectativa inicial: Uma desvalorização do peso é esperada, facilitando a liquidação das operações de exportadores e entrada de divisas.
Objetivos a longo prazo: O governo busca um equilíbrio fiscal e rigidez monetária, limitando a circulação de pesos. O BCRA (Banco Central Argentino) deve encerrar o ano com US$ 4 bilhões após ter reservas negativas de US$ 5,6 bilhões.
Empréstimo do FMI: A Argentina receberá a primeira parcela de US$ 12 bilhões no dia seguinte ao teste. Com outros aportes, o total deve ser superior a US$ 23 bilhões este ano.
Metas e projeções:
- Crescimento de 5,5% em 2023.
- Inflação prevista entre 18% e 23%.
- Superávit de 1,3% do PIB, meta elevada para 1,6% por Milei.
- Inflação esperada de 7,5% ao ano até 2027.
- Superávit primário deve alcançar 2,5% do PIB em 2027.
Reformas previstas: Alterações nas leis trabalhistas, Previdência, impostos e privatizações, com a maioria após as eleições de novembro.
Fonte: La Nación - Grupo de Diários América (GDA)