É 'fantasia' pensar que Brics será ordem alternativa ao Ocidente, diz Matias Spektor
Professor da FGV alerta que o Brics, apesar de útil, não pode ser considerado uma alternativa ao Ocidente. Ele enfatiza a necessidade de repensar o papel do grupo em meio a desafios geopolíticos e econômicos atuais.
Matias Spektor, professor e vice-diretor da Escola de Relações Internacionais da FGV, afirmou que o Brics é útil, mas ter a expectativa de que o grupo criará uma nova ordem global alternativa ao Ocidente é uma fantasia.
O Brics, criado em 2005, é formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.
Durante o evento Construindo Coalizões para a Ação Climática no BRICS Expandido, Spektor ressaltou:
- O Brics deve ser repensado como uma plataforma que promove convergência comercial e financeira.
- Os medos sobre o Brics serem uma oposição ao Ocidente são exagerados.
Spector também comentou que:
- A expansão do Brics revelou sua diversidade, dificultando a formação de consensos.
- A cúpula de líderes, que ocorrerá em 6 e 7 de setembro, pode não produzir uma declaração final.
- É preciso uma abordagem comum sobre segurança alimentar e a transição para uma economia de baixo carbono.
Concluindo, Spektor enfatizou que a relação com potências deve focar em soluções sustentáveis, à luz dos desafios geopolíticos atuais.
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