É difícil acreditar que guerra comercial vai se manter, diz Haddad
Haddad acredita que as tarifas mútuas entre China e EUA não devem perdurar, pois desorganizam as cadeias produtivas globais. O ministro também assegura que a economia brasileira continuará crescendo, apesar das tensões comerciais.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a guerra comercial entre China e Estados Unidos não deve ser duradoura e antecipa “novos capítulos” neste conflito. A declaração foi feita durante o evento CNN Talks, em Brasília.
Haddad comentou que as tarifas mútuas devem ser revisadas, já que desorganizam cadeias produtivas globais. As tarifas atuais impõem 145% sobre importações da China aos EUA, tornando o comércio inviável.
Apesar da situação global, o ministro afirmou não ver risco de recessão no Brasil, prevendo um crescimento econômico de 2,3% em 2025, embora o mercado financeiro espere 2%. Essa expectativa é uma desaceleração em relação à alta de 3,4% em 2024.
O impacto global das tensões comerciais é reconhecido por Haddad, que acredita que “certamente vai afetar todos os países”. O FMI já reduziu a projeção de crescimento global de 3,3% para 2,8%% para 2025, devido às incertezas das tarifas.
As recentes decisões de Donald Trump em relação a impostos cobrados de parceiros comerciais, como a aplicação de 10% às taxas para alguns países, mas não ao Brasil, geram incertezas no mercado.