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É a hora dos emergentes? Em tempos de tarifaço, patinhos feios viram cisnes

A crescente incerteza global tem impulsionado a busca por diversificação nos investimentos, particularmente em mercados emergentes. Especialistas indicam que, embora a volatilidade persista, a alocação em ativos internacionais pode mitigar riscos e aumentar as oportunidades de ganhos.

Palavra do ano no mercado global: "volatilidade" ou "diversificação"?

O cenário econômico global tem enfrentado crises por conta de tarifas, guerras, eventos climáticos e fissuras na ordem mundial. Apesar disso, a busca por diversificação em ativos emergentes promete turbinar os ganhos.

O J.P. Morgan revisou sua avaliação das economias emergentes, passando de “neutra” para “acima da média do mercado” em maio. O Bank of America destacou que “nada vai funcionar melhor do que as ações dos mercados emergentes” neste ano.

Entretanto, a volatilidade ainda é uma preocupação. Segundo Christopher Galvão, analista da Nord Investimentos, a realocação de fluxo de investimentos após décadas nos EUA não é estrutural. Ele recomenda cautela na interpretação dos bons resultados da primeira metade do ano.

Investimentos "off-shore" são comuns entre fundos, mas muitos investidores individuais ainda estão inseguros. Hulisses Dias, da Beginity Capital, afirma que é possível diversificar com pouco dinheiro, utilizando ETFs a partir de R$ 20.

Entre os ETFs recomendados, destacam-se:

  • BOVA11 - segue o Ibovespa;
  • SMAB11 - ações de Small Caps;
  • IMAB11 - renda fixa em títulos brasileiros.

A alocação deve refletir o perfil do investidor, mas Galvão sugere entre 20% e 30% em ativos internacionais para mitigar o “risco Brasil”. A maior parte deve permanecer em títulos dos EUA, por sua atratividade contínua.

Além disso, recomenda-se incluir o DIVO11 e o XINA11 em carteiras diversificadas. Apesar da volatilidade dos mercados emergentes, é possível controlar riscos com uma combinação equilibrada entre renda fixa e variável.

Por fim, Dias alerta contra ETFs temáticos, que podem prometer mais do que entregam. Ele sugere que uma carteira deve refletir a proporção global, com 88% em mercados desenvolvidos e 12% em emergentes, para evitar riscos desnecessários.

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