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Durante tarifaço de Trump, Lula diz que comércio é rodovia de duas mãos

Lula prega comércio internacional justo e equilibrado em entrevista a veículos chineses. O presidente critica a política protecionista de Trump e defende parcerias com países emergentes do Brics.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende que o comércio internacional deve ser uma “rodovia de duas mãos”, enfatizando a necessidade de equilíbrio e justiça nas relações comerciais.

A declaração foi feita durante entrevista a veículos chineses no Palácio do Planalto, em 5 de maio de 2025. O conteúdo foi liberado para a imprensa em 6 de maio.

Lula afirmou: “Queremos que o comércio seja justo, equilibrado e que todos possam vender e comprar de forma equitativa.” Ele também destacou que o mundo pertence a quase 9 bilhões de pessoas e não apenas aos brasileiros ou chineses.

O presidente defendeu mais parcerias no Brics, grupo que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

As tensões atuais são consequências da guerra comercial iniciada por Donald Trump, que impôs tarifas às importações. Desde 2024, Trump busca restringir a competitividade para beneficiar a indústria local.

Entre as medidas estão:

  • 25% de tarifa para carros importados desde março.
  • 25% de tarifa sobre aço e alumínio desde março.

O impacto no Brasil pode ser significativo, visto que os EUA são o maior comprador de aço e o 2º maior de alumínio do país. Estimativas do Bradesco indicam uma possível redução das exportações brasileiras em até US$ 700 milhões, enquanto o Ipea aponta uma perda maior, de US$ 1,5 bilhão.

A política comercial de Trump teve maior intensidade em abril de 2025 com a cobrança de tarifas recíprocas e limitação das taxas de 10% para alguns países, mas o Brasil ainda enfrenta a tarifa elevada.

Aguarda-se a divulgação dos dados da balança comercial de abril em 7 de maio para avaliar os efeitos práticos dessas medidas.

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