Duquesa de Tax: ‘Reduzir imposto sobre alimentos não é uma solução mágica para derrubar a inflação’
O governo busca soluções para controlar a inflação de alimentos, mas especialistas alertam que cortes de impostos podem não ter o efeito esperado. Análises revelam que a redução do ICMS em alimentos não garante que os consumidores vejam os benefícios nas prateleiras.
Governo federal zera a tarifa de importação de produtos como café, azeite, açúcar e milho para combater a inflação de alimentos.
A colunista Maria Carolina Gontijo discute a eficácia dessa medida em seu programa Não vou passar raiva sozinha, transmitido em 7 de novembro.
O vice-presidente Geraldo Alckmin pressionou governadores a reduzirem o ICMS sobre alimentos, visando baixar os preços.
Mas, segundo Leonel Pessoa, professor da FGV, um estudo de 2023 mostra que apenas 13% da redução do ICMS chega ao consumidor final.
Ou seja, para um desconto esperado de R$ 1, na prática, o consumidor só vê R$ 0,13.
A Duquesa de Tax ressalta que a complexidade da cadeia produtiva faz com que os descontos se percam antes de chegar ao bolso do consumidor.
Ela argumenta que, embora a intenção do governo seja boa, a desoneração não atinge efetivamente as famílias de baixa renda.
É necessário repensar as políticas para que tenham um impacto real nas pessoas que mais precisam.
O programa de Gontijo acontece toda quinta-feira, às 9h30, com vídeos inéditos às segundas-feiras, disponíveis para assinantes do Estadão.
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