Drusos retomam Sweida depois de conflito com 940 mortos na Síria
Conflitos na província de Sweida deixam milhares de deslocados e um grande número de vítimas. A trégua anunciada pelo governo sírio enfrenta desafios com confrontos persistentes entre diferentes grupos armados na região.
Combatentes drusos retomaram controle de Sweida, no sul da Síria, na noite de 19 de julho de 2025. Isso ocorre enquanto o governo sírio anunciou um cessar-fogo após violência que resultou em 940 mortes em menos de uma semana, segundo o OSDH (Observatório Sírio de Direitos Humanos).
Bassem Fajr, porta-voz do Movimento dos Homens Dignos, confirmou à AFP que “não há mais beduínos na cidade”. Apesar da trégua, *conflitos* continuaram em outras áreas da província.
A escalada começou em 15 de julho com o envio de tropas do governo à Sweida para "restaurar a ordem". As forças foram retiradas após bombardeios israelenses em Damasco.
Os enfrentamentos, que começaram em 13 de julho, envolveram drusos, beduínos e forças tribais sunitas. Entre as vítimas do OSDH, estavam:
- 588 drusos (326 combatentes e 262 civis)
- 312 integrantes das Forças governamentais
- 21 beduínos sunitas
A violência deslocou aproximadamente 87.000 pessoas, de acordo com a OIM (Organização Internacional de Migração).
As autoridades sírias anunciaram um cessar-fogo "imediato" em 19 de julho, mas fortes combates foram relatados na localidade de Ariqa. O ministro da Informação sírio, Hamza Mustafa, destacou que a trégua é "frágil".
A 1ª fase da trégua envolve o envio das Forças de Segurança a Sweida; a 2ª fase pretende abrir corredores humanitários para a retirada de civis e feridos.
Os Estados Unidos também anunciaram um acordo de cessar-fogo entre Síria e Israel, solicitando que “drusos, beduínos e sunitas deponham as armas”. O OSDH e grupos drusos acusaram as Forças governamentais de lutarem junto aos beduínos e de cometerem crimes contra a população local.