Drones armados, Asimov e o futuro que não aprendeu com o passado
Taurus lança drone autônomo que incorpora inteligência artificial para ações militares, mas suscita preocupações éticas e de controle. Debate sobre regulamentação de armas autônomas se intensifica à medida que o uso por grupos criminosos se torna uma realidade.
Taurus apresentou um novo drone armada na LAAD Defence & Security 2025, capaz de operar fuzis e metralhadoras de calibre 5,56 mm a 9 mm.
O equipamento promete operações táticas específicas com protocolos rígidos de rastreabilidade.
No entanto, há preocupações sobre os erros da corrida armamentista e a aplicação de IA para reconhecimento de alvos, com riscos de algoritmos enviesados e vazamentos.
As três leis da robótica, propostas por Asimov em 1942, buscam criar uma barreira ética, mas na prática, a lógica parece invertida, pois drones armados são projetados para ferir ou eliminar alvos humanos.
No Brasil, estima-se que há entre 500 mil a 1 milhão de armas sob controle de organizações criminosas, que já usam drones caseiros para atividades ilícitas.
A moratória global no desenvolvimento de systemas de armas autônomas letais (Laws) está sendo discutida, com apoio de diversos países na CCW da ONU.
Um protocolo de Genebra para guerra autônoma é necessário para proibir o uso civil de sistemas de defesa letal e a militarização da IA sem freios democráticos.
A diferença entre o ideal ético de Asimov e a realidade atual é abismal. O futuro que ele imaginou está distante e precisamos agir antes que os drones tomem decisões contra nós.