Dos três ministros a discursar no STF, Barroso foi o único a não mencionar o ataque à soberania
Ministros do STF se manifestam de forma contundente em defesa da soberania nacional e da independência do Judiciário. Em discurso, Alexandre de Moraes destaca ameaças externas e reafirma compromisso com a transparência e o respeito ao devido processo legal.
Reabertura do semestre do Judiciário traz discursos de três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)
Na manhã desta sexta-feira (1), apenas o presidente da Corte não mencionou ameaças à soberania nacional e ao STF, que enfrenta restrições com oito ministros com vistos suspensos para os EUA.
Luís Roberto Barroso fez um histórico sobre atentados à democracia, prestou solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes e destacou a independência do Judiciário, mas não falou de ameaças externas. Barroso comentou que o Judiciário age com imparcialidade e sem interferências.
Gilmar Mendes ressaltou que, embora Moraes possa ser criticado, é essencial distinguir críticas construtivas de narrativas fantasiosas. Mendes defendeu Moraes como uma vítima de agressões e intimidações e falou sobre a resposta do STF aos que promovem instabilidade.
Ao se dirigir diretamente às ameaças, Alexandre de Moraes prometeu continuar seu trabalho, ignorando sanções. Ele acusou uma organização criminosa miliciana de tentar submeter o STF a um Estado estrangeiro, usando termos como “covarde” e “traiçoeira” repetidamente.
Moraes enfatizou a independência da Corte e de outras instituições, como a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal, diante de pressões externas.
Jorge Messias, advogado-geral da União, também expressou solidariedade a Moraes e reafirmou a defesa da soberania nacional e do Judiciário contra ameaças estrangeiras. O governo planeja defender Moraes em tribunais internacionais.
Dentre os 11 ministros, dois participaram remotamente e o discurso mais breve foi do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que garantiu solidariedade irrestrita a Moraes.