Donald Trump recua e isenta smartphones, computadores e chips importados das tarifas recíprocas
Governo dos EUA isenta eletrônicos de tarifas sobre produtos importados da China, aliviando empresas de tecnologia e consumidores. No entanto, outras tarifas permanecem e investigações adicionais podem impactar o setor.
Governo Trump isenta produtos eletrônicos de tarifas sobre importações chinesas.
Após mais de uma semana aumentando tarifas sobre produtos da China, o governo Trump anunciou isenções para smartphones, computadores, semicondutores e outros eletrônicos. Isso proporciona alívio a empresas como Apple e Dell.
Uma lista divulgada pelo Serviço de Alfândega dos EUA exclui produtos como modems, roteadores e pen drives das tarifas retaliatórias, que fazem parte da guerra comercial crescente entre EUA e China.
Embora as isenções sejam significativas, não são totais, pois outras tarifas continuam a vigorar. O governo já aplicou uma tarifa de 20% sobre produtos chineses e pode aumentar tarifas sobre semicondutores, essenciais para eletrônicos.
As isenções têm potencial para impactar a economia dos EUA, ajudando a reduzir preços de consumo e a contenção da inflação. A medida ocorre em um contexto de incerteza no setor tecnológico e resposta negativa do mercado, como a queda no valor de mercado da Apple.
Trump reverteu várias tarifas introduzidas em abril, buscando aliviar a tensão após quedas em ações e títulos. Apesar do alívio, as tarifas sobre importações chinesas aumentaram para 145%.
A China retaliou aumentando suas tarifas sobre produtos americanos em 125%, afetando o mercado de tecnologia e, por consequência, a Apple, que concentra a produção de iPhones na China.
Tim Cook, CEO da Apple, tem cultivado uma relação próxima com Trump em busca de isenções tarifárias. Contudo, a estratégia é colocada em dúvida, já que novas tarifas são mais severas e a possibilidade de aumento de preços dos iPhones pode ultrapassar US$ 1.600.
O debate sobre a fabricação dos iPhones nos EUA intensifica, com a Casa Branca insistindo que os EUA precisam se tornar autossuficientes em tecnologias críticas. O compromisso de Cook com a fabricação na China, devido à disponibilidade de mão de obra qualificada, continua em pauta.