Donald Trump aperta o cerco sobre sistema financeiro dos Estados Unidos

A pressão contra o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, aumentou. Após críticas de Donald Trump, o diretor do Conselho Econômico Nacional, Kevin Hassett, indicou que a Casa Branca considera demiti-lo. Contudo, essa ação poderia ser contestada na Suprema Corte dos EUA.

Críticas e independência do Fed: Trump afirmou que Powell é "atrasado e errado", sugerindo que tem poder para demiti-lo. Porém, não confirmou se pretende fazê-lo antes de 2026, ano do término do mandato de Powell. A independência do Fed é protegida por lei, e seus mandatos não coincidem com os dos presidentes.

Taxas de juros: Trump criticou a taxa de juros de 4,25% a 4,5%, dizendo que deveria ser reduzida. Powell, por sua vez, defende a manutenção das taxas altas para controlar a inflação, ressaltando que as tarifas impostas por Trump impactam os preços aos consumidores.

Consequências legais: Powell mencionou um processo na Suprema Corte sobre demissões em agências federais, e reiterou que a demissão do presidente do Fed só pode ocorrer por justa causa. Recentemente, Trump demitiu dois representantes democratas da FTC, o que levou a ações judiciais.

Ameaça à independência: Economistas alertam que uma possível demissão de Powell pode levar a uma recessão e a uma perda de confiança na economia. A senadora Elizabeth Warren advertiu que isso resultaria em “colapso nos mercados”.

Controle presidencial sobre agências: Além das ameaças a Powell, a Casa Branca está implementando um decreto que elimina a independência de várias agências reguladoras. Todas as novas regulamentações precisarão de aprovação do gabinete de Trump, afetando pelo menos 20 agências criadas para atuar de forma independente.

Warren destacou que essas medidas representam o fim dos “policiais de Wall Street”.