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Dona da Farm vai ampliar controle entre fornecedores para rastrear 100% de algodão e couro

A Azzas 2154, líder em moda na América Latina, implementa tecnologias avançadas como inteligência artificial e blockchain para garantir a rastreabilidade de suas matérias-primas. A empresa visa combater o desmatamento e a violação de direitos humanos em sua cadeia produtiva até 2040.

A Azzas 2154, empresa resultante da fusão entre Arezzo&Co e o grupo dono da Farm e Hering, expandirá o controle de matérias-primas com mais de 1.850 fornecedores.

Meta até 2040: rastrear 100% do couro e do algodão usados, além de desenvolver uma lista de componentes proibidos.

O anúncio faz parte do primeiro Relatório Anual, a ser divulgado nesta terça, que marca a primeira iniciativa conjunta da fusão.

Para rastrear operações, a Azzas implementa adições contratuais, fiscalização rigorosa e utiliza inteligência artificial e blockchain para monitorar fornecedores.

Contexto: consumidores exigem responsabilidade ambiental, boicotando marcas que utilizan matérias de áreas desmatadas ou que exploram mão de obra.

Suelen Joner, head de sustentabilidade, afirma que a rastreabilidade é crucial para evitar irregularidades e que tecnologias ajudam no mapeamento da cadeia de suprimentos.

Atualmente, a empresa rastrea 38,63% do couro e 69% do algodão, visando aumentar a certificação de 54% das matérias-primas.

Os fornecedores devem fornecer laudos sobre seus componentes, com 127 processos para atender a regulamentações sobre substâncias restritas.

A Azzas prevê aumento de custos devido à qualidade dos recursos naturais, mas visa que 100% de suas operações utilizem energia renovável até 2024.

A companhia reporta que o aumento das despesas pode chegar a R$ 10,9 milhões por conta de regulamentações ambientais.

Para minimizar custos, a Azzas investe em otimização de processos, como a reutilização de sobras de matéria-prima e a redução do consumo de água em 45%.

Em um cenário de pressão inflacionária, a estratégia para 2025 foca em melhorar a eficiência operacional e cita a revisão do portfólio de marcas.

Outra meta é aumentar a diversidade na alta gestão, com objetivos de 50% de mulheres e 28% de negros em posições de liderança até 2030.

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