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Dolarização é estratégia de proteção contra inflação. Mas como fazer?

A dolarização de investimentos se apresenta como uma estratégia eficaz para preservar o poder de compra em meio à inflação crescente do Brasil. Especialistas do Santander destacam que diversificar a carteira com ativos em dólar pode proteger contra a volatilidade do mercado local e garantir acesso a oportunidades globais.

Inflação corrói poder de compra dos brasileiros, mas quem dolarizou parte dos investimentos tem enfrentado menos perdas. Mesmo com o câmbio desfavorável, investir no exterior é vantajoso, segundo o Santander.

O dólar perdeu menos valor que o real. Em 30 anos, R$ 100 de 1994 equivalem a R$ 12,58 hoje, enquanto US$ 100 valem US$ 46,41. A inflação no Brasil é superior à dos EUA, tornando a diversificação internacional crucial.

A dolarização é manter parte do portfólio em dólares, oferecendo proteção e diversificação. Para Caio Camargo, do Santander, essa é uma estratégia essencial, pois nenhuma outra moeda supera o dólar.

A depreciação cambial também impacta o custo de vida. Um estudo da FGV mostra que todos os brasileiros têm exposição à variação cambial na inflação, com até 15% dependendo da renda.

Apesar de um rebaixamento da Moody's nos EUA, o país ainda possui nota de crédito superior ao Brasil. Isso reforça a dolarização como proteção contra riscos.

Investir em dólares reduz impactos de instabilidades geopolíticas e amplia as oportunidades no mercado, especialmente em setores como inteligência artificial e biotecnologia, que estão escassos no Brasil.

Camargo ressalta que, embora a taxa de juros dos EUA seja inferior à Selic, a proteção contra inflação justifica a dolarização. Todas as carteiras devem ter exposição ao dólar, podendo variar conforme o perfil do investidor.

Recomendações de dolarização:

  • Conservador: 5 a 10% em títulos públicos americanos.
  • Moderado: 20% a 30% em renda fixa e variável.
  • Arrojado: 20% a 30% em ampla gama de ativos.

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