Dólar volta a fechar acima de R$ 5,90; mercados globais caem
Dólar atinge maior valor em mais de um mês devido a tensões comerciais e incertezas econômicas globais. Mercado de ações brasileiro e asiático reagem negativamente às tarifas impostas pelos EUA, com forte queda nos índices.
Dólar comercial fechou a R$ 5,910 nesta 2ª feira (7.abr.2025), com alta de 1,28%. É o maior valor desde 28 de fevereiro (R$ 5,916). Aumento da aversão a risco dos investidores afeta o mercado.
Tarifas dos EUA: o governo anunciou tarifas sobre exportações de diversos países, incluindo a China, que responderá com taxas de 34% sobre produtos norte-americanos.
O presidente Donald Trump afirmou que, se a China não recuar, adicionará mais 50% em tarifas. Isso gerou busca por ativos mais seguros, como o dólar, e retiradas de dinheiro da Bolsa de Valores.
Ibochespa, principal índice da B3, caiu 1,38%, aos 125.503 pontos, refletindo o mau humor das bolsas internacionais.
- Bolsas asiáticas: Nikkei 225 (Tóquio) com queda de 7,68% após circuito breaker.
- Hang Seng: teve a maior queda em 3 décadas, com recuo de 13,22%.
- Europa: também registrou quedas.
O tarifaço de Trump começou em 5.abr, impactando as empresas dos EUA que perderam US$ 6,09 trilhões em 2 dias. Trump disse: “Essa é uma revolução econômica, aguentem firme”.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von Der Leyen, classificou as tarifas como um “duro golpe” à economia mundial, prometendo contramedidas.