Dólar tem leve alta de olho em IOF; Ibovespa emenda 3º ganho e se reaproxima dos 138 mil pontos
Resistência do Congresso às medidas fiscais do governo pressiona o real, enquanto o dólar fecha em alta na casa de R$ 5,54. O clima tenso na Câmara dos Deputados reflete a incerteza em torno do novo decreto do IOF e suas implicações econômicas.
A percepção de risco fiscal aumentou e, devido à resistência do Congresso ao novo decreto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o real perdeu força na quinta-feira (12).
O dólar fechou a R$ 5,5426, uma leve alta de 0,09%, mesmo com a desvalorização global da moeda americana. Na semana, a divisa caiu 0,49%, e no mês, 3,09%, acumulando 10,35% de desvalorização em 2025.
O governo publicou uma Medida Provisória na quarta-feira, que inclui mudanças na tributação, como a taxação de letras financeiras e aumento de tributos no setor financeiro. Apesar de um leve ensaio de queda na abertura do pregão, o dólar subiu após notícias de resistência no Congresso.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, anunciou que pautará a urgência do projeto que pode suspender o novo IOF. O líder do PL, Sóstenes Cavalcante, indicou que tentará derrubar ambos os decretos relacionados ao IOF.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu um “clima muito ruim” na Câmara, criticando o debate sobre benefícios sociais. Ele defendeu as medidas do Ministério da Fazenda.
No exterior, o índice DXY caiu, alcançando mínima de 97,602 pontos. Moedas refúgio, como o franco suíço, subiram com as tensões no Oriente Médio. Após a divulgação de inflação benigno nos EUA, o Índice de Preços ao Produtor subiu apenas 0,1%.
Bolsa de valores: O Ibovespa teve sua terceira alta consecutiva, fechando a 137.799,74 pontos (+0,49%). O giro financeiro foi de R$ 28,6 bilhões.
- Maiores altas: Embraer (+4,29%), Marcopolo (+2,84%)
- Maiores baixas: MRV (-4,68%), BRF (-3,14%)
O índice acumulou ganhos de 1,25% na semana e 0,56% no mês, com alta de 14,56% no ano.