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Dólar sobe após anúncio de tarifas da China sobre EUA

Aumento nas tarifas comerciais entre EUA e China agrava tensões no mercado financeiro e impacta o dólar. Expectativas de recessão global crescem à medida que os investidores reagem às novas medidas protecionistas.

Dólar sobe 0,7% às primeiras negociações desta quarta-feira (9), atingindo R$ 6,0402, após China anunciar tarifas de 84% sobre produtos dos EUA em resposta às taxas de 104% impostas por Trump.

Na terça-feira (8), a moeda disparou 1,43%, enquanto a Bolsa caiu 1,31%. Essa é a primeira vez que o dólar ultrapassa os R$ 6 desde o início do ano, devido à escalada da guerra comercial entre os EUA e a China.

A China retaliou com tarifas de 34% e um piso de 10% sobre produtos importados pelos EUA. Trump ameaça aumentar tarifas para 50% caso a retaliação persista. O prazo para um recuo era até as 13h de terça-feira.

Bruno Shahini, especialista da Nomad, alerta que essa escalada pode impactar a economia brasileira.

Analistas apontam que a China não deve recuar e está pronta para um conflito econômico, com o economist André Valério destacando a possibilidade de uma nova retaliação.

Estados Unidos buscam negociação com Japão e Coreia do Sul, priorizando países aliados, segundo Kevin Hassett da Casa Branca.

A União Europeia também se prepara para responder às tarifas americanas, com propostas a serem divulgadas na próxima semana.

Mercados permanecem cautelosos. O analista Leonel Mattos acredita que as nascentes negociações não trarão alívio imediato.

O impacto no comércio internacional e na economia global aumentou, com o banco JPMorgan elevando os riscos de recessão nos EUA de 40% para 60% em uma semana. O Fed alerta que tarifas maiores que o esperado tendem a aumentar a inflação e desacelerar o crescimento.

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