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Dólar seguirá como moeda forte e brasileiro deveria investir no exterior, diz CIO da Avenue

Haddad destaca a resiliência dos EUA como principal motor de inovação e investimentos globais. Ele alerta para a importância da diversificação internacional para proteger patrimônio e consumo no Brasil.

Daniel Haddad, executivo-chefe de investimentos da Avenue Securities, destacou que a ideia de que o dólar perdeu sua posição como principal reserva de valor é equivocada. Durante o evento Avenue Connection, ele discutiu a importância da diversificação para evitar o empobrecimento das novas gerações.

Haddad ressaltou a resiliência dos EUA e sua liderança em inovação em diversas áreas. Ele citou a Nvidia, que gerou US$ 3,5 trilhões aos acionistas em dois anos, e o aumento da participação dos investidores estrangeiros no mercado americano de 5% para 18%.

O mercado americano é avaliado em US$ 100 trilhões, superando as somas das nove maiores economies, incluindo G-7, China, Austrália e Espanha. Haddad observou que investidores devem focar em oportunidades no exterior, especialmente no mercado dos EUA.

Ele mencionou que quem investiu na bolsa brasileira desde 2009 teria perdido 35% do patrimônio, enquanto aqueles que investiram na Nasdaq teriam multiplicado seu capital por 9,5 vezes.

Haddad criticou a abordagem tática de venda de ativos pelos investidores estrangeiros, aconselhando os brasileiros a aumentarem sua alocação em ativos internacionais, que atualmente representa apenas 2,5% de seus investimentos.

Além disso, ele enfatizou que o consumo dolarizado dos brasileiros – aproximadamente 16% a 18% – deve ser refletido na estrutura das carteiras de investimento, garantindo proteção contra crises locais.

O Brasil está prestes a vivenciar uma grande transferência de riqueza, estimada em US$ 9 trilhões. Haddad acredita que essa diversificação aumentará a resiliência financeira das famílias, promovendo um consumo mais robusto durante crises.

Roberto Lee, CEO da Avenue, observou que a alocação brasileira no exterior está mudando, com um movimento crescente de transferência de patrimônio, que pode acelerar significativamente nos próximos anos.

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