Dólar ronda estabilidade com tensões comerciais e impasse do IOF em foco
Investidores reagem às tensões comerciais entre EUA e China enquanto aguardam solução sobre aumento do IOF no Brasil. Dólar apresenta leve alta, mantendo-se em atenção às movimentações globais e locais.
Dólar próximo da estabilidade nesta terça-feira (3), com investidores atentos a tensões comerciais e a resolução do governo sobre o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Às 9h05, a moeda americana subia 0,09%, a R$ 5,6790. Na segunda-feira (2), dólar e Bolsa fecharam em queda, reagindo a novas ameaças tarifárias de Trump.
O presidente dos EUA anunciou aumento das tarifas sobre importações de aço para 50%, aprofundando sua guerra comercial.
Na semana passada, o dólar subiu 1,30%, mas acumula perdas de 8,17% no ano. A Bolsa caiu 0,17%, a 136.786 pontos, após registrar ganhos no início do pregão.
Movimentos do real refletiram a fraqueza* do dólar no exterior, onde houve perdas frente a moedas fortes como euro e iene.
Temores de uma recessão nos EUA aumentaram após o anúncio de Trump. O índice DXY, que mede o dólar, caiu 0,65%, a 98,68.
O estrategista Sam Stovall destacou a insegurança contínua sobre a guerra comercial.
Tensões entre EUA e China se intensificaram, com Trump acusando a China de violar um acordo. O Ministério do Comércio da China considerou as acusações "infundadas".
- Tribunal dos EUA: decidiu que Trump não tinha poderes para impor certas taxas, mas a decisão foi suspensa.
- Aversão ao risco: agrava-se com as dificuldades nas negociações com a China e outros conflitos internacionais.
- Mercados internacionais: com aumento de tensão na Ucrânia, preços do petróleo subiram: WTI a US$ 63,12 e Brent a US$ 65,20.
No cenário doméstico, o foco está nas negociações do IOF. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que medidas para calibrar o decreto do IOF estão em andamento.
Após o fechamento dos mercados, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, debaterá Conjuntura Econômica Brasileira, tema de interesse para os investidores.