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Dólar recua para mínima de 6 meses frente a moedas fortes após China retaliar de novo

Operadores de mercados estão adotando uma visão pessimista em relação ao dólar, impulsionados pela escalada das tensões comerciais e a incerteza econômica nos EUA. A confiança na moeda americana como ativo de proteção e reserva de valor enfrenta desafios sem precedentes.

O dólar enfrenta turbulência nos mercados, impactado pela intensificação da guerra comercial global, que ameaça o crescimento econômico dos EUA.

Um índice da Bloomberg indicou que o desempenho da moeda americana caiu para a mínima em seis meses, após a China elevar tarifas sobre produtos dos EUA de 84% para 125%, a partir de 12 de abril.

Operadores passaram a adotar uma posição pessimista em relação ao dólar pela primeira vez em cinco anos, enquanto ativos seguros como iene, franco suíço e ouro se valorizaram. O euro atingiu seu maior nível em três anos.

Christopher Wong, estrategista do Oversea-Chinese Banking Corp, afirmou: “A confiança no dólar está sob ameaça", citando a perda da excepcionalidade americana e o aumento da dívida pública.

Os operadores demonstram perda de confiança no dólar em um ritmo acelerado. Indicadores como as “risk reversals” apontam maior interesse em apostas contra a moeda americana, evidenciando uma mudança significativa no sentimento de mercado.

A semana foi marcada por volatilidade. O dólar teve sua maior queda em dois anos, com expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve devido a tarifas contracionistas.

O índice S&P 500 caiu 3,5%, e títulos do Tesouro também recuaram. A demanda por ativos de proteção cresceu, com o iene avançando 1,6% e o franco suíço alcançando seu maior patamar desde 2015.

O euro atingiu US$ 1,1473, o maior desde fevereiro de 2022. A mudança nas perspectivas econômicas dos EUA contrasta com expectativas anteriores e gera incerteza sobre as próximas tarifas.

Rodrigo Catril, do National Australia Bank, destacou que, sem um desfecho claro, a saída do dólar deve continuar enquanto as tensões comerciais persistirem.

O custo para proteger operações contra oscilações nas taxas de câmbio aumenta, com a volatilidade do euro e do franco suíço nas máximas em anos.

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