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Dólar recua na abertura após ameaças tarifárias de Trump sobre metais

Dólar inicia a semana em queda, refletindo tensões comerciais e expectativa por declarações do Fed. Mercado também observa desempenho da economia brasileira, com crescimento impulsionado pela agropecuária no primeiro trimestre.

Dólar abre em queda nesta segunda-feira (2), repondo ganhos recentes. Às 9h05, caiu 0,32%, a R$ 5,702, após declarações de Donald Trump sobre tarifas de aço e comentários aguardados de Jerome Powell e Gabriel Galípolo.

Na sexta (30), o dólar fechou em alta de 0,93%, a R$ 5,720, enquanto a Bolsa caiu 1,08%, a 137.026 pontos. João Duarte, da One Investimentos, explicou que a valorização do dólar foi impulsionada por fatores externos e domésticos, como a queda em commodities e ajustes na Ptax.

O índice de inflação PCE dos EUA subiu 0,1% em abril, com um acumulado de 12 meses desacelerando para 2,1%. O mercado espera um corte na taxa de juros em setembro, atualmente entre 4,25% e 4,5%. Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA também voltaram a subir.

Trump mencionou violações por parte da China e a busca contínua por tarifas, afirmando que a Casa Branca está determinada a implementá-las, mesmo diante de desafios legais. Um tribunal superior suspendeu uma decisão que limitava os poderes do presidente, aumentando a incerteza nas negociações comerciais.

No cenário doméstico, o IBGE reportou um crescimento do PIB de 1,4% no primeiro trimestre de 2025, impulsionado pela recuperação da safra agrícola. Essa alta é a maior desde o segundo trimestre de 2024 e está em linha com as expectativas do mercado.

A agropecuária cresceu 12,2%, enquanto o setor de serviços teve um leve crescimento de 0,3%. Rafael Perez, da Suno Research, alerta que, apesar do avanço, a economia pode desacelerar nos próximos trimestres devido a aperto monetário e incertezas fiscais.

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