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Dólar perde força e cai globalmente após dados fracos da indústria nos EUA

Dólar chega a menor nível em três anos enquanto pressão sobre títulos do Tesouro aumenta. Dados da indústria americana indicam enfraquecimento econômico e acentuam incertezas no mercado.

Dólar cai para mínima de três anos

No dia 2 de maio, o dólar recuou 0,6% em relação a uma cesta de moedas, aproximando-se do nível mais baixo desde abril de 2018, após dados fracos da indústria dos EUA e alertas sobre a sustentabilidade da dívida pública.

O índice S&P 500 também sofreu, refletindo um enfraquecimento na atividade industrial com o índice ISM caindo para 48,5, abaixo de 50. O índice acionário operava com queda de 0,1% ao meio-dia em Nova York.

O gestor Gordon Shannon destacou o impacto da incerteza tarifária no crescimento dos EUA.

O rendimento dos títulos de 30 anos do Tesouro dos EUA subiu 0,05 ponto percentual, para 4,98%, após tentativas do secretário do Tesouro, Scott Bessent, de acalmar os mercados, afirmando que o país "nunca vai dar calote".

Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, alertou que o mercado de títulos poderia "ceder" sob o peso da dívida do governo.

O resultado do ISM marca a quarta queda consecutiva, indicando o impacto da guerra comercial na economia dos EUA, com tensões crescentes entre EUA e China.

A pesquisa ISM também evidenciou atrasos nas entregas, com o subíndice de tempo de entrega atingindo o maior patamar desde junho de 2022.

Joe Brusuelas, economista-chefe da RSM US, afirmou que isso pode gerar gargalos na produção e escassez de produtos.

As importações caíram e produtores reduziram estoques em antecipação a novas tarifas comerciais. Veronica Clark, economista do Citi, alertou que essa proteção é temporária.

Os preços dos metais nos EUA subiram após o anúncio de novas tarifas de 50% sobre importações de aço e alumínio, com as tarifas entrando em vigor em 4 de junho. As ações da Nucor e Steel Dynamics subiram 8% e 9%, respectivamente.

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