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Dólar perde força após cem dias de Trump no poder; real se destaca em LatAm

Os primeiros 100 dias do segundo mandato de Trump evidenciam a incerteza econômica, levando a uma desvalorização do dólar e o fortalecimento de moedas latino-americanas. Especialistas alertam que a volatilidade do dólar pode afetar a confiança dos investidores e redefinir as dinâmicas comerciais globais.

Primeiros 100 dias do segundo mandato de Trump: Destaques incluem uma guerra comercial errática que desestabilizou os mercados e enfraqueceu o dólar.

Em 2025, o dólar, embora ainda a principal moeda de reserva, perdeu valor em relação a outras moedas, favorecendo moedas latino-americanas.

Fatores de enfraquecimento do dólar:

  • Preocupações com o crescimento econômico dos EUA.
  • Perda de confiança e ameaças ao banco central.
  • Volatilidade aumentada devido a tarifas comerciais.

Analistas como Alejandro Reyes (BBVA Colômbia) apontam que a incerteza no mandato de Trump gerou uma volatilidade alta e incomum no dólar. O UBS e o Deutsche Bank ajustaram suas projeções, indicando uma possível baixa estrutural do dólar.

Desafios e expectativas:

  • O Bloomberg Dollar Spot Index caiu mais de 6% em 2025.
  • O índice DXY perdeu 8,8% desde a volta de Trump ao cargo.
  • As tarifas dos EUA estão causando mais preocupações do que os impactos sobre os exportadores.

Dólar ainda é usado em 49,08% dos pagamentos globais, mas a desconfiança e o interesse pelo euro estão crescendo. Analistas afirmam que, apesar do enfraquecimento, não há risco de perda do status de moeda de reserva do dólar.

Moedas latino-americanas: Depois de um período de pressão, algumas moedas, como o sol peruano, se destacam. Outros, como o peso colombiano, enfrentam desafios devido à sua dependência do petróleo.

Condições favoráveis: A América Latina pode se beneficiar de uma infraestrutura financeira sólida e inflacionária contida, mas existem riscos políticos e volatilidade global. Economias como a Argentina apresentam preocupações com supervalorização. As perspectivas para o real brasileiro e o peso mexicano são mais otimistas, enquanto o peso argentino continua vulnerável.

Conclusão: Apesar das oscilações, o dólar manterá sua relevância internacional, mas a valorização das moedas emergentes não será acentuada.

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