Dólar oscila com possível alívio na guerra tarifária entre EUA e China

Dólar oscila nesta sexta-feira (25) enquanto investidores analisam as tensões comerciais EUA-China e a inflação no Brasil.

Às 9h06, a moeda estava 0,03% mais baixa, cotada a R$ 5,6917. Trump anunciou negociações com a China, prevendo um acordo nas próximas semanas.

Na quinta (24), o dólar caiu 0,42%, fechando a R$ 5,692, em um movimento global de desvalorização.

A Bolsa brasileira subiu 1,78%, alcançando 134.580 pontos, o maior índice desde setembro do ano passado. O otimismo sobre o arrefecimento das tensões elevou os índices de Wall Street: S&P500 (+2,03%), Nasdaq (+2,74%) e Dow Jones (+1,23%).

A analista sênior do Swissquote Bank, Ipek Ozkardeskaya, aponta que o sentimento positivo é frágil devido a informações conflitantes sobre as negociações.

Trump busca um acordo "justo" e propõe reduzir tarifas de 145%. A China, embora aberta ao diálogo, negou negociações sobre tarifas.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, também afirmou que diálogos não começaram, apesar de Trump mencionar reuniões com a China.

Investidores venderam dólares, beneficiando o real. O índice DXY caiu 0,55%, a 99,29 pontos, indicando fraqueza do dólar.

O clima nos mercados acionários era de apetite por risco, com ações de tecnologia liderando a alta. Paula Zogbi, da Nomad, acredita que o pior da retórica tarifária pode ter passado.

O presidente Trump, que criticou o chefe do Fed, Jerome Powell, recuou e não quer sua demissão, mas deseja ações mais ativas para reduzir taxas de juros.

As tarifas podem aumentar os preços ao consumidor, influenciando o trabalho do Fed, que precisa equilibrar inflação e desemprego.

Na Bolsa, a queda das taxas futuras de juros ajudou a alta do Ibovespa, com Vale subindo 1,72% e Itaú 2,37%. As ações da Petrobras caíram 0,91% e 0,16%, respectivamente.