Dólar fecha em queda firme com pressão para BC dos EUA baixar juros e possíveis acordos
Dólar encerra o dia com queda de 1,32% a R$ 5,73, influenciado por pressões de Trump e sinais de desescalada nas tensões comerciais com a China. A valorização do real é impulsionada também por fatores internos, como declarações do presidente do Banco Central Brasileiro.
Dólar abriu o pregão desta terça-feira (22) em baixa e fechou com queda firme.
A desvalorização foi influenciada pela pressão do presidente americano, Donald Trump, sobre o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, para redução de juros nos EUA.
Além disso, o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, sinalizou uma possível desescalada do conflito tarifário com a China, dizendo que a situação está em níveis “insustentáveis”. Isso provocou alta nos preços do petróleo, beneficiando economias como a do Brasil.
Ao final do dia, o dólar recuou 1,32%, cotado a R$ 5,73, em linha com a desvalorização frente a moedas emergentes.
Um possível acordo entre EUA e China gerou descompressão de prêmios de risco, melhorando o sentimento do investidor e favorecendo a valorização do real. O presidente do Banco Central Brasileiro, Gabriel Galípolo, defendeu a manutenção de juros restritivos para controlar a inflação.
Embora Trump não possa remover Powell ou alterar os juros diretamente, sua pressão impacta os ativos financeiros. Alexandre Viotto, da EQI Investimentos, destacou que o mercado reage à expectativa de queda das taxas.
O pregão de hoje é o primeiro após o feriado prolongado de Páscoa, intensificando o movimento da moeda.