Dólar fecha em alta com aumento de aversão ao risco após retaliação chinesa
Dólar se recupera após anúncio da China sobre Boeing, mas sinaliza vulnerabilidade do real em meio a tensões geopolíticas. Expectativas de novas retaliações e incertezas fiscais no Brasil pesam sobre a moeda nacional.
Dólar avança nesta terça-feira (5) após anúncio da China de suspender compras da Boeing. A moeda americana tinha começado o dia em declínio devido a uma trégua tarifária e alta do minério de ferro.
Aos finais dos negócios, o dólar subiu 0,67%, cotado a R$ 5,89.
A retaliação da China, após acusação de Donald Trump sobre descumprimento de acordos, trouxe aversão ao risco entre investidores. Alexandre Viotto, da EQI Investimentos, afirma que isso impacta negativamente na economia americana.
Além disso, a queda do petróleo e a incerteza fiscal no Brasil, devido ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2026, contribuem para a desvalorização do real.
Marcelo Azevedo, da OnField Investimentos, destaca que o real é uma das moedas mais penalizadas, refletindo a vulnerabilidade do Brasil em um cenário de tensão geopolítica.
Na segunda-feira (14), Trump considerou isenções de tarifa sobre importação de veículos, o que influenciou a queda do dólar, que recuou 0,32%, a R$ 5,85.