Dólar encerra o dia a R$ 5,71 de olho em Trump e Ibovespa fecha no maior nível desde 27 de março
Dólar fecha em R$ 5,7190, com recuo de 0,16%, enquanto Ibovespa chega a 132 mil pontos. Expectativa de acordos comerciais entre EUA e China impulsiona o apetite por risco e favorece o real.
Dólar encerra em baixa de 0,16%, cotado a R$ 5,7190, após atingir R$ 5,65. Esta é a quarto pregão consecutivo de recuo, com desvalorização de 1,46% na semana.
A queda é influenciada pela melhora do apetite externo ao risco após Donald Trump negar demissão do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e sinalizar redução de tarifas sobre produtos chineses.
Perda de fôlego do real no fim do dia acompanhou a alta na taxa dos Treasuries de 2 anos e novas máximas no índice DXY. O recuo de mais de 2% nos preços do petróleo também afetou divisas emergentes.
Trump indicou que tarifas de importação sobre a China poderiam ser reduzidas de 145% para uma faixa entre 50% e 65%. No entanto, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, refutou a proposta de retirar tarifas.
A China se mostrou aberta a discussões, mas não negociará sob ameaças.
O real teve o melhor desempenho entre as moedas emergentes latino-americanas, impulsionado por fatores técnicos do mercado e pela taxa de juros brasileira elevada.
Durante seminário, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, comentou que a política é “a mais contracionista dos últimos tempos”, indicando possível fim do ciclo de aperto monetário.
O Ibovespa fecha em alta de 1,34%, aos 132.216,07 pontos, o maior nível desde 27 de março, com apoio da retórica mais branda de Trump.
- JBS +6,38% com avanço em dupla listagem.
- Grandes bancos também avançaram: Santander +0,52% e Bradesco +3,30%.
- Vale +1,19% antes do balanço.
- Petrobras caiu: -1,13% (PN) e -0,73% (ON) devido à queda nos contratos futuros de petróleo.