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Dólar em baixa: Tarifas podem levar moeda ao menor valor em uma década, diz Deutsche

Deutsche Bank prevê que o dólar sofrerá uma queda estrutural, atingindo seu nível mais fraco em relação ao euro em mais de dez anos. Estrategistas apontam incertezas políticas e redução dos investimentos estrangeiros como principais fatores para essa desvalorização.

Deutsche Bank alerta para queda estrutural do dólar nos próximos anos, prevendo o nível mais fraco da moeda americana em relação ao euro em mais de uma década.

Os estrategistas George Saravelos e Tim Baker afirmam que as tarifas dos EUA, o estímulo fiscal da Alemanha e mudanças no papel de Washington no cenário global impactarão negativamente o dólar, levando investidores a venderem ativos dos EUA.

O dólar já caiu a 16 meses e o Bloomberg Dollar Spot Index registrou uma queda de quase 4% em abril, rumo ao pior mês em mais de dois anos.

Segundo os analistas, "pré-condições estão reunidas para uma grande tendência de baixa do dólar". Eles projetam que o euro subirá para US$ 1,30 até o final de 2027, acima da previsão mediana de US$ 1,15.

O iene também deverá avançar para 115 por dólar. O euro está se beneficiando de "fluxos de refúgio seguro" e investidores buscando oportunidades na Europa.

As políticas comerciais do presidente Donald Trump estão diminuindo o apetite dos investidores para financiar déficits dos EUA, reduzindo a demanda por ativos americanos.

Os analistas afirmam que a era de excepcionalismo dos EUA está se desgastando, e a incerteza política pode gerar deslocamentos do mercado e quebras de regime.

A visão do Deutsche Bank coincide com a de Kamakshya Trivedi, do Goldman Sachs, que acredita que a fraqueza do dólar "veio para ficar".

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