Dólar e futuros dos EUA caem após rebaixamento de nota de crédito pela Moody’s
A Moody’s reduz a nota de crédito dos EUA, elevando preocupações sobre a saúde fiscal do país. O rebaixamento impacta o mercado financeiro e intensifica o foco nos rendimentos dos títulos do Tesouro.
Dólar e mercados em queda
No início das negociações de segunda-feira (19), o dólar caiu e os futuros dos índices acionários dos EUA também registraram queda. Isto ocorre em meio a preocupações fiscais crescentes sobre os títulos do Tesouro.
Em uma importante mudança, a Moody’s Ratings rebaixou a classificação de crédito dos EUA de Aaa para Aa1, citando um déficit orçamentário crescente sem sinais de redução.
Os futuros de ações do S&P 500 caíram 0,6% após um fundo negociado em bolsa registrar perdas. A queda também foi observada em outros mercados, como Austrália, Hong Kong e China continental.
As preocupações sobre o rebaixamento pressionam o mercado de títulos soberanos e reacendem temores relacionados ao “Sell America”, impulsionados pela guerra comercial anterior. Tracy Chen da Brandywine Global ressalta que o rebaixamento pode exigir rendimentos mais altos para os títulos do Tesouro.
Ao mesmo tempo, a moeda chinesa se valorizou quase 1%, com melhorias nas negociações comerciais e dados positivos de vendas no varejo e produção industrial na China.
No setor de commodities, o ouro subiu 1,2%, refletindo incertezas em torno das perspectivas econômicas dos EUA, enquanto o petróleo flutua entre ganhos e perdas.
A Moody’s agora se junta à Fitch e à S&P Global em avaliar a economia dos EUA abaixo da classificação superior. A perspectiva do rebaixamento é estável, apesar dos pontos fortes da economia americana.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, minimizou as preocupações com a dívida, enquanto estrategistas da Wells Fargo esperam um aumento nos rendimentos de 10 e 30 anos após o rebaixamento. O rendimento de 30 anos pode ultrapassar 5%, marcando o maior nível desde novembro de 2023.
A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, destacou que a recente queda do dólar em relação ao euro reflete inseguranças nas políticas dos EUA.