Dólar despenca mundialmente após Trump anunciar que pensa em demitir diretor do banco central americano

Dólar despenca nesta segunda-feira (21), com a confiança dos investidores na economia dos EUA em queda. A causa é a intenção do presidente Donald Trump de intervir no Federal Reserve, comprometendo sua independência.

O dólar atingiu o menor nível em uma década frente ao franco suíço, enquanto o euro alcançou US$ 1,15, máximo desde novembro de 2021. O dólar neozelandês voltou a US$ 0,6000 após mais de cinco meses.

Em relação ao iene, o dólar caiu a 140,615, uma mínima de sete meses. As posições líquidas compradas em iene japonês bateram recorde na semana encerrada em 15 de abril.

A libra esterlina subiu para US$ 1,3395, e o dólar australiano alcançou US$ 0,6430, máxima em quatro meses. O dólar caiu para 98.164, o menor nível em três anos.

O yuan onshore subiu para 7,2904 por dólar, enquanto o yuan offshore atingiu 7,2835. A liquidez do mercado estava reduzida devido ao fechamento de várias bolsas nesta segunda-feira de Páscoa.

Na última sexta-feira (18), o assessor econômico Kevin Hasset mencionou a possibilidade de demitir Jerome Powell, presidente do Fed. Trump havia criticado Powell, dizendo que estava "atrasado e errado" em sua condução das taxas de juros.

Varathan, da Mizuho, destacou que não é necessário demitir Powell imediatamente, mas criar percepções de manipulação da independência do Fed, o que poderia enfraquecer ainda mais o dólar.

As tarifas de Trump e a incerteza sobre suas políticas comerciais têm abalado o mercado, levando investidores a retirarem dinheiro dos ativos americanos.

A China manteve suas taxas de juros, mas novos estímulos podem ser anunciados devido à guerra comercial com os EUA.

A importância da independência do Banco Central foi enfatizada, pois evita decisões populistas e assegura uma economia saudável a longo prazo. O Fed deve agir com base em questões técnicas, não políticas.